Por: Rosane Muniz

Pais! Fiquem alertas! A educação financeira vem de berço. E já sabemos que as crianças tendem a reproduzir os atos dos pais, seus exemplos diretos.

Sendo assim, é muito importante que desde cedo, a criança seja ensinada a poupar, a compartilhar e a não desperdiçar.

A relação saudável com o dinheiro é primordial para a vida do ser humano. E nada mais é do que um hábito. Portanto, quanto mais cedo esse hábito for inserido na vida, melhor.

Primeiro, podemos começar ensinando aos nossos filhos, a diferença entre precisar e querer. É importante criar na criança, a consciência do preço das coisas e que quanto o papai e mamãe precisam trabalhar, para pagar aquele brinquedo novo.

Uma boa saída é ensinar o pequeno a poupar as moedas que ganha, para posteriormente ajudar na compra do brinquedo escolhido, por menor que seja a quantia poupada.

Somente os pais saberão que a quantia é irrisória. A criança sentirá somente a satisfação de ter auxiliado na compra.

Não acostume a criança a comprar por impulso. Mantenha-se firme. Ao ceder constantemente aos pedidos dela, a criança entenderá que sempre será possível comprar um brinquedo novo, ao passear com a mãe no shopping.

Crie pequenas premiações, caso queira presentear seu filho fora de qualquer data festiva. Deixe claro que aquele brinquedo comprado fora de hora, só foi possível pelas ótimas notas escolares ou por ter feito companhia ao avô, naquele sábado à tarde.

Para induzir a criança à cultura do não desperdício, a mesada é uma boa saída. Com crianças menores, o ideal é a entrega de uma pequena quantia de dinheiro semanal. E o mais importante: deixe a criança decidir por si mesma. Ao perceber que o dinheiro acaba rapidamente, quando desperdiçado, seu filho aprenderá a poupar naturalmente.

Mas não se esqueça: crie um dia específico para o pagamento da mesada ou semanada e não o antecipe! Somente dessa forma, a criança aprenderá a gerir o próprio dinheiro.

Ensine também seu filho a compartilhar as coisas com os irmãos, por exemplo. Ensine-o a dividir, para poupar.

Outra ótima dica é presentear a criança com um cofrinho. Faça disso um ritual. Algumas marcas vendem pequenos cofres personalizáveis. A criança poderá pintá-lo da forma que preferir.

E deixe a guarda do cofre aos cuidados do pequeno. Ele se sentirá ainda mais responsável.

Quando adultos, sofremos com nossas responsabilidades, cansados do trabalho e do stress do dia a dia. Mas se puxarmos pela memória, lembraremos de como ficávamos felizes, ao realizar uma tarefa tida como importante.

Sendo assim, incentive seu filho a ser o responsável pela primeira “poupança” de sua vida. E não faça disso um martírio. Institua uma data para a quebra do cofre e leve a criança para uma compra especial, deixando a cargo dela, a escolha de como gastar seu próprio dinheiro.

E o mais importante: não disponha desse pequeno valor como se fosse seu. Às vezes, por pura disciplina, a criança poupará uma quantia até que considerável. Respeite o espaço dela. Não utilize o dinheiro no seu próprio orçamento, prometendo devolvê-lo posteriormente.

Seu filho pode ficar desestimulado e não poupar novamente.

Quanto mais estimulada, mais frutos a criança produzirá. E se isso lhe ajudar a se tornar um adulto consciente e saudável financeiramente, melhor ainda.